Este monumento castrejo encontra-se situado na freguesia de Galegos Santa Maria.
Encontra-se nos limites muralhados de um pequeno castro que ali existe e não muito longe do castro de Roriz.
Trata-se de um edifício proto-histórico (Idade do Ferro II) com um período de utilização algures entre o século III a.C. até ao século II d.C..
É composto por um forno (elemento de planta semi-circular), uma câmara, uma ante-câmara e um pátio exterior com um tanque.
Na planta abaixo é possível identificar também a estrutura de canalização.
A estrutura seria completamente coberta, com excepção do pátio.
Durante muito tempo foi debatida a função destes monumentos, mas recentemente a escavação de monumentos mais completos, entre os quais se encontra este, permitiu perceber que se tratam de edifícios dedicados a banhos e a cultos ligados à água e a práticas de iniciação.
Aparentemente o acesso seria feito pela ante-câmara, onde os praticantes do culto se sentariam nos bancos laterais. Um elemento escolhido, teria acesso à câmara através da pequena passagem existente na pedra formosa (a laje que separa a câmara da ante-câmara e que se encontra normalmente decorada). De lá acederia ao forno, onde colocaria seixos a aquecerem e posteriormente os enviaria para a ante-câmara. Lá seriam regados por água fria de modo a emitirem vapor.
Durante muito tempo pensou-se que este monumento não teria qualquer tipo de decoração na pedra formosa, todavia recentemente através da utilização de fotogrametria detetou-se uma gravura em forma de “pata de galinha”.
Também na entrada existem dois motivos, um circular e outro serpentiforme, possivelmente relacionados com o tipo de rituais que lá se faziam.